Suspeito de ser o maior fornecedor de armas para grupos criminosos no Brasil é detido no Paraguai
Suspeito de ser o maior fornecedor de armas para grupos criminosos no Brasil é detido no Paraguai
PorFlávio Verão
21/12/2023
Armas apreendidas
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A Polícia Federal prendeu Ricardo Luiz, apontado como um dos principais fornecedores de armas e drogas para grupos criminosos no Brasil. O brasileiro foi detido em Salto Del Guairá, no Paraguai, com o auxílio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad).
A investigação revelou que ele liderava um grupo que realizava esquemas complexos de tráfico internacional, utilizando rotas aéreas para receber cocaína da Bolívia e terrestres para enviar armas e maconha ao Brasil.
Durante a operação Ignis, Felipe Santiago Acosta Riveros, conhecido como “Macho” e um dos líderes do grupo, está foragido da Justiça por seu envolvimento no homicídio de um militar brasileiro em 2020.
A área alvo da operação é conhecida como La Paloma, localizada a alguns quilômetros da margem do rio Paraná. O local servia como esconderijo para “Macho” e seu grupo.
O porta-voz da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Francisco Ayala, ressaltou que a operação Ignis teve um impacto significativo na estrutura criminosa de Riveros, desarticulando seu grupo.
“Essa pessoa tem que ser parada. Ele é um fugitivo muito importante para a justiça do Brasil e do Paraguai, mas acho que estamos dando um passo muito importante com o desmantelamento de todo o seu exército”, disse o porta-voz.
Armamento bélico
O grupo possuía um arsenal impressionante, incluindo fuzis, metralhadoras antiaéreas e fusíveis. A organização, comparada em sua estrutura aos cartéis mexicanos, é conhecida como uma das mais violentas no Paraguai.
“A forma como essa estrutura funcionava era muito parecida com a dos cartéis mexicanos, com muito poder de armas que operavam com base no medo e na violência. É considerada uma das organizações mais sanguinárias do país e muito forte no Departamento de Canindeyú”, afirmou Ayala.
Ainda segundo o governo do Paraguai, o grupo também está associado a crimes envolvendo pistoleiros na região de Canindeyú, promovendo ataques a delegacias e resistindo às forças de segurança durante o transporte de drogas, inclusive com escoltas armadas de dezenas de pessoas.
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