Quase 1 semana depois, escola incendiada dá início às aulas
Alunos relataram estar felizes e ansiosos para começar a estudar; mães apoiaram adiamento
Por Cassia Modena e Bruna Marques | 21/02/2024
Vinícius Pereira não escondeu a alegria por voltar às aulas e começar a estudar o 2º ano (Foto: Bruna Marques)
Por causa de um incêndio, começaram quase uma semana depois do previsto no calendário escolar as aulas da Escola Municipal Antônio José Paniago, de Campo Grande, que fica no Jardim Itamaracá. Na manhã desta quarta-feira (21), uma acolhida foi organizada para recepcionar os alunos e seus familiares.
Em conversa com as crianças e adultos, a diretora da escola, Maria Lúcia de Fátima Oliveira primeiro lembrou do guarda civil metropolitano, Célio Marcos Lopes Guimarães, que sofreu queimaduras graves e morreu 19 dias após tentar controlar o fogo na instituição. "Fatalidade", ela disse. O acidente ocorreu em janeiro.
Foi necessário fazer reforma nos setores da escola atingidos pelo fogo, especialmente a cozinha. Maria Lúcia falou que todas as salas foram pintadas na parte de dentro e já têm condições de receber os estudantes. O restante será feito aos poucos.
Diretora conversou com alunos e familiares no pátio, antes de eles seguirem para as salas de aula (Foto: Bruna Marques)
"Estamos em processo de reforma. Ainda tem um bocado de coisas para serem feitas, mas serão feitas com cuidado porque lidamos com crianças", avisou a diretora.
Ansioso - Vinícius Pereira, o filho de 7 anos da funcionária de pet shop Maria Aparecida Pereira, de 31, ficou bastante animado para começar os estudos do 2º ano. "Estava com saudades da minha escola, amigos e professores. Estou ansioso", falou o menino, entre sorrisos.
Maria tinha com quem deixar a criança para ir trabalhar, e concordou com o atraso do início das aulas. "Foi uma fatalidade mesmo e tivemos que ter paciência. É necessário e teve que 'parar' tudo. Não tem problema para nós", afirmou.
Edilaine dos Reis e a filha mais nova, também alegre na volta às aulas (Foto: Bruna Marques)
Edilaine dos Reis, 29, é empregada doméstica e mãe de duas meninas que estudam na escola. Uma vai começar o 2º ano, de manhã, e outra o 7º ano, à tarde. Ela também estava de acordo com o adiamento do início das aulas. "Foi tranquilo. Achei melhor esperar porque tem pessoas diferentes circulando pela escola que a gente não conhece", disse. As meninas sentiram falta da escola, principalmente nos últimos dias de férias, e também estavam ansiosas para voltarem a estudar, acrescenta a mãe.
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