Governo afasta servidores presos pelo Gaeco
Em operação contra corrupção, servidores da Saúde, Administração e ex da Comunicação foram presos
Por Ângela Kempfer | 29/11/2023
Fachada de arquivo da Governadoria, onde hoje cedo houve reunião sobre o assunto. (Foto: Arquivo)
O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou nota oficial há pouco informando que "serão imediatamente afastados de suas funções, todos os servidores da administração estadual investigados" pela operação desencadeada na manhã desta quarta-feira (29). Por enquanto, são três funcionários públicos presos ou alvo de busca e apreensão, suspeitos de desvio de verbas em licitações fraudulentas, que podem somar R$ 68 milhões.
A justificativa é de que "a medida visa garantir total transparência sobre contratos e procedimentos adotados pela gestão pública." No texto, o governo estadual garante que as ações são "resultantes de inquérito sobre contratos firmados em anos anteriores", não os da gestão de Eduardo Riedel, que começou em 2023.
Um dos presos é o atual secretário adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro. Outro nome confirmado é de Simone de Oliveira Ramirez Castro, que integra o governo como técnica do pregão de licitações do Estado.
O ex-titular da Secretaria Estadual de Saúde, Flávio Brito, atual adjunto da Casa Civil, também foi alvo de busca e apreensão e intimado para depor amanhã na sede do Gaeco.
Pela manhã, equipes estiveram em imóvel no Jardim Paulista, onde empresa de saúde atuava.
Apesar de entre os alvos estarem atuais servidores das Secretarias de Educação e de Administração, o Governo do Estado afirma "que a operação não se estendeu a órgãos do Governo do Estado e que a Controladoria-Geral e a Procuradoria-Geral acompanharão as novas etapas da investigação".
Questionado, o governo não informou se o afastamento será apenas durante as investigações.
Outros dois presos identificados são o ex-superintendente de comunicação do Estado, Thiago Mishima e o coordenador da Apae Campo Grande, Paulo Andrade.
Na Associação, a fraude seria na "aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação, "dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos", informou o MPMS.
De volta a 2022 - O Ministério Público não repassou oficialmente a lista de presos, nem os alvos de 35 mandados de busca e apreensão, cumpridos na Capital e no interior. Mas informou que a apuração começou em dezembro de 2022, na Operação Parasita, quando foram simuladas vendas de produtos que nunca foram entregues ao Hospital Regional, com prejuízo de mais de R$ 14 milhões.
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