“Foi um acidente, uma tragédia” diz mãe de bebê morta em acidente de trânsito

Apesar dos pais da bebê estarem separados atualmente, hoje os dois dividem o mesmo sentimento, que é o luto

Por Ana Beatriz Rodrigues e Antonio Bispo | 15/12/2023

 Ana Karolina da Conceição Costa, de 20 anos durante o velório da filha (Foto: Paulo Francis)

A mãe da menina de sete meses morta no acidente de trânsito na tarde de ontem (14) contou que esta sem chão.  Ana Karolina da Conceição Costa, de 20 anos, disse que estava indo para um almaço na casa da mãe que a moto era o único meio de locomoção do casal. A batida aconteceu no cruzamento da Rua Nasri Siuf com Rio Brilhante, região do Bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande.

 Com ralado no ombro, a jovem disse que ela e o atual marido não tem condições de pagar carro de aplicativo para andar com a menina. “Eu jamais imaginei que isso fosse acontecer, eu não queria, mas aconteceu. A gente não estava errado, a neném estava no canguru, super amarrada em mim”, contou, “ta doendo demais, é uma parte que eu sempre carreguei, não fui eu que matei minha filha, isso foi um acidente, uma tragédia”, finalizou a jovem com a voz embargada de choro.

A avó materna, Cláudia da Conceição Lopes, de 43 anos, pediu para que as pessoas parassem de julgar a mãe da bebê, pois ela já está carregando o sentimento de ter perdido a filha e voltou a frisar que o que aconteceu “foi um acidente”.

As duas muito emocionadas contaram que a menina que faleceu, era a filha que mais necessitava de cuidados. Quando nasceu precisou ficar na incubadora, pois a gravidez das gêmeas foi complicada e a pequena veio com problema na fortificação óssea.

O pai disse ao Campo Grande News que ele quer justiça e que os culpados paguem pelo que aconteceu, “é uma dor insuportável, estou completamente sem chão” contou Carlos Miguel Souza, de 26 anos. “Eu sei que foi um acidente, uma fatalidade, mas peço que a polícia não deixe esse assunto cair no esquecimento”, finalizou.

Apesar dos pais da bebê estarem separados atualmente, hoje os dois dividem o mesmo sentimento, que é o luto. O caso esta sob investigação da 6° Delegacia de Policia da Capital.

Carlos Miguel (de camiseta preta) e o pai,  avô da menina ao lado (Foto: Paulo Francis) -