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Foto do escritorOdir Pedroso

Aplicação de reforço com o segundo imunizante para idosos é avaliada


Pesquisa mostrada que idosos acima de 70 anos que receberam a vacina do Butantan proteção reduzida

Ddos-27/05/2021 - Mariana Moreira


Um estudo feito pelo Vebra Covid-19 e divulgado na semana passada apontou que, conforme o aumento da idade, houve uma redução da eficácia da vacina Coronavac, contra Covid-19. Após 14 dias da segunda dose, a efetividade foi de 28% entre pessoas acima de 80 anos. Por essa razão, pesquisadores já discutem a possibilidade de uma dose de reforço para os idosos com outro imunobiológico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), exige que os imunizantes para o uso emergencial contra o coronavírus tenham eficácia superior a 50%.

Médico infectologista, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e um dos autores do estudo do Vebra Covid-19, Julio Croda defende que haja uma terceira dose com outra vacina para a faixa etária acima dos 70 anos. “Ainda não temos dados de uma terceira dose de Coronavac”, afirmou. De acordo com a Croda, o estudo foi encaminhado para o Ministério da Saúde. Cabe à Pasta definir se haverá revacinação desse grupo.

Segundo dados do Ministério da Saúde, pelo menos 4,2 milhões de idosos acima de 80 anos já tomaram uma primeira dose contra um Covid-19, sendo a maioria Coronavac. Em média, a eficácia do imunobiológico desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac Biotecnologia, em idosos acima de 70 anos, foi de 42%. Os índices variam de 61,8% para as pessoas de 70 a 74 anos e 48,9% para a faixa etária de 75 a 79 anos. Uma pesquisa que reuniu cientistas de instituições nacionais e internacionais analisou 15,9 mil fundadores de suspeitos de Covid-19 com mais de 70 anos e residentes no estado de São Paulo, onde uma variante P.1 é predominante em mais de 80% das são sequenciadas. Os testes clínicos da Coronavac no País taxa geral de eficácia em 50,7%.

VACINAÇÃO EM MS De acordo com o Vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde (SES), das 91 mil vacinas contra a Covid-19 aplicada em Mato Grosso do Sul em idosos acima de 80 anos, 86,1% foram com a Coronavac, por volta de 78 , Doses de 4 mil. Referente aos idosos entre 70 e 74 anos, 125,5 mil vacinas do Instituto Butantan foram aplicadas em MS. Dessas, 67 mil referentes à primeira dose e 58,4 mil para uma segunda etapa de imunização. Entre a faixa etária de 75 e 79 anos, foram aplicadas 59,9 mil vacinas Coronavac. Mato Grosso do Sul segue como líder nacional na aplicação e distribuição dos imunobiológicos, com 26,25% da população vacinada com a primeira dose (D1) e 12,49% imunizada com a segunda dose (D2).

Em relação à meta de 90% da cobertura vacinal nos grupos prioritários da primeira fase, os índices são ainda mais positivos, com 93,19% da aplicação da primeira dose e 44,34% da segunda. O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirmou ao Correio do Estado que ainda deve checar com os especialistas sobre o estudo publicado pelo Vebra Covid-19. Pela falta de doses ainda ser um problema recorrente, Resende saliente que é cedo para pensar em comprar imunizantes para uma dose de reforço. “Temos de ter cuidado [com os estudos] para não deixar uma população com medo, é importante deixar claro que um Coronavac é eficaz e segura”, disse.

Para o doutor em doenças infecciosas Everton Lemos, apesar da vacina sino-brasileira conferir menor proteção, entre pessoas com maior idade, ela continua sendo importante para a redução de risco de hospitalização e mortes. “Nesse sentido, quem já tomou a primeira dose da Coronavac deve realizar uma segunda dose, a qual garantirá imunidade após 14 dias”, saliente Lemos. De acordo com o especialista, a aplicação de uma segunda vacina como dose de reforço pode ser uma estratégia válida. “Acredito que deve ser analisado primeiro o impacto da vacina na redução da taxa de hospitalização e óbito nesse grupo, para que, assim, tomar decisões sobre a dose de reforço”, ressaltou Everton.


IMUNOSSENESCÊNCIA O professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e responsável técnico pelo Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (LabDip), James Venturini, explicou que os idosos apresentam um efeito biológico natural chamado imunossenescência, que é um enfraquecimento esperado do sistema imune. Conforme Venturini, o importante é saber se a eficácia da vacina afeta a gravidade da doença. “Antes de pensar em terceira dose, precisamos entender que a resposta ao vírus não depende somente da produção de pelo organismo. Outros componentes, como células específicas e células de memória, também atuam no combate ao vírus ”, orig.

O professor pondera que os estudos em curso sobre os efeitos dos imunobiológicos contra o coronavírus devem apresentar em breve resultados parâmetros celulares, cuja análise é complexa. Os cientistas do Vebra Covid-19 analisam agora, a eficácia da Coronavac contra internações e mortes. O estudo deve ser divulgado em um mês, com o foco em pessoas com mais de 60 anos.

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