Aos 38 anos, Ceane mostra o poder da bicicleta para transformar a vidaPsicóloga compartilha rotina

Aos 38 anos, Ceane mostra o poder da bicicleta para transformar a vida

Psicóloga compartilha rotina e ajuda outras pessoas a transformarem a vida com movimento

Por Thailla Torres | 18/12/2023

Ao se identificar com a bike, Ceane viu resultados transformadores no físico e no emocional.

Ceane Vincensi Sandri tem 38 anos, é psicóloga do Esporte e ciclista. Mas vida nem sempre foi em cima de uma bicicleta, ela passou por uma longa caminhada até se descobrir em uma atividade que realmente fizesse sentido em sua vida. Mas, ao se identificar com a bike, viu resultados transformadores no físico e o emocional, transformações que hoje ela compartilha no Voz da Experiência. Além disso, Ceane é uma grande motivadora de pessoas que desejam ingressar na atividade, independente da hora e da idade.

"Teste as inúmeras opções e tente encontrar algo que te proporcione um mínimo de prazer", diz Ceane.

Sou natural de Maracaju, cidade do interior do estado e lá passei minha infância e adolescência.

Por volta dos 8 anos comecei a sofrer com as consequências do sobrepeso nas aulas de educação física e precisei passar por um processo de reeducação alimentar.

Nesse meio tempo passei a fazer natação e já na adolescência a praticar handebol.

Aos 14 anos mudei para Campo Grande para estudar e apesar das idas e vindas sempre tentei me manter em movimento.

Continuei o handebol por um período, depois fiz hidroginástica, musculação, aulas de dança, mas até então não havia encontrado algo que eu realmente gostasse.

Aos 18 anos comecei a namorar o Samuel (hoje meu marido) e ele sempre gostou muito de esportes (na adolescência ele era atleta de Mountain bike mas por causa da faculdade acabou se afastando).

Algum tempo depois começamos a participar de algumas corridas de rua e somente em 2014, após o reencontro com alguns amigos ele voltou a pedalar.

A partir dali ele começou a me incentivar. Eu também passei a praticar o Mountain Bike. Fizemos trilhas, participamos de algumas provas no estado. 

Mas somente em 2020 (no início da pandemia) é que realmente passei a praticar o ciclismo com mais frequência e intensidade.

Passei a treinar de verdade e além do Mountain Bike também comecei a  pedalar de speed (aquelas bikes de corrida). E a partir dali posso dizer que me encontrei!

Encontrei um esporte que ao mesmo tempo que me desafia me proporciona a sensação de liberdade. Passei a pedalar mais, mais longe, mais rápido e o ciclismo passou a ser também meu estilo de vida.

Eu e meu esposo passamos a competir no estado, a viajar para pedalar, a fazer circuitos de cicloturismo e começamos também a participar de provas de nível nacional.

Já pedalei 172km em um dia, já fui pedalando de Campo Grande até Maracaju, já fiz circuitos de 300km em 5 dias e em 2024 estou programando meu próximo desafio que será percorrer 700km em 8 dias de pedalada.

Conheci muitos lugares incríveis nesse Brasil e posso dizer que a bike me levou em muitos deles. Nesse tempo perdi peso e passei a ter uma vida mais saudável. 

Contudo mesmo amando o que o ciclismo me proporcionar: saúde, qualidade de vida, e uma rede de amigos, acredito que um dos maiores desafios que eu enfrento na minha rotina é manter a constância.

Até porque meu intuito é poder participar de grandes desafios e para isso preciso treinar.

E é claro que às vezes tenho preguiça, às vezes tenho vontade de desistir, mas a ideia é que mesmo enfrentando esses altos e baixos eu possa persistir!

Por isso minha rotina de treinos já passou por vários estágios e nesse momento eu estou resgatando uma rotina mais assídua.

Pedalo de 3 a 4 vezes na semana e quando concluo os treinos a sensação é indescritível. Acredito que o movimento cura!

Acredito que o exercício físico traz inúmeros benefícios para o corpo e para a mente. Acredito que o esporte pode transformar vidas!

Então se hoje eu puder dar uma dica para quem está lendo esse texto é: permita-se conhecer os benefícios de se movimentar.

Eu sei que no começo tudo parece mais difícil. A gente precisa enfrentar a preguiça, o cansaço, a vontade de desistir. 

Por isso defina o seu objetivo: seja para melhorar a saúde física ou emocional, seja para seguir orientação médica.

Teste as inúmeras opções e tente encontrar algo que te proporcione um mínimo de prazer, assim será mais fácil se manter no caminho apesar das dificuldades.

E se você quiser sentir a sensação do vento na cara, o prazer de estar em contato consigo mesmo e com a natureza eu te faço um convite: Vem pedalar, vem