Brasil e Paraguai assinam acordo para reativar comércio de fronteira
Ponta Porã, em MS, e Pedro Juan, no Paraguai são divididas por uma rua
Paraguai e Brasil assinaram nesta quarta-feira (16) um documento de entendimento bilateral para viabilizar centros logísticos de comércio, a fim de reativar a atividade comercial em suas fronteiras, paralisada há seis meses. A expectativa é a de que até o final do mês brasileiros poderão cruzar o outro lado da fronteira para compras. Anteriormente previa-se que essas compras só seriam feitas pela internet e retiradas em pontos de apoio na linha internacional.
Conforme o acordo, os centros logísticos estarão localizados em áreas próximas às fronteiras entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu; Pedro Juan Caballero e Ponta Porã; e Salto de Guairá e Mundo Novo
Os moradores de ambos os lados poderão fazer compras nas cidades vizinhas. Entretanto, as compras não podem exceder US$ 500, de acordo com o Regime de Bagagem Aduaneira do Mercosul, que o Paraguai e o Brasil levaram em consideração para a elaboração do documento.
Segundo o acordo feito entre os dois países, os viajantes terão autorização de entrada nos dois países apenas para a compra e retirada das mercadorias, e não poderão ficar.
"Estes Centros Logísticos de Comércio Fronteiriço cumprirão estritamente com todos os protocolos sanitários estabelecidos em cada país", diz o acordo de entendimento bilateral que prevê a manutenção desta forma de negócio enquanto as fronteiras estiverem fechadas.
O fechamento das fronteiras, em março, causou protestos e manifestações de preocupação dos comerciantes em Ciudad del Este, a segunda maior cidade do Paraguai, assim como os de Pedro Juan Caballero e Salto de Guairá, cidades fortemente afetadas pela medida, pois dependem do comércio com o Brasil e do turismo de fronteira.
Na linha de fronteira entre Em Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, parte das barricadas como arames enfarpados foram retirados e a circulação de pessoas passou a ser grande. Houve redução demilitares paraguaios que vigiavam a fronteira.