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Foto do escritorOdir Pedroso

ONU pede solidariedade global para encontrar vacina acessível contra COVID-19

Na corrida para acabar com a pandemia do novo coronavírus, o chefe da ONU lemb


Na corrida para acabar com a pandemia do novo coronavírus, o chefe da ONU lemb uma conferência médica virtual na quinta-feira (4) que "uma vacina, por si só, não é suficiente".

"Precisamos de solidariedade global para garantir que todas as pessoas, em qualquer lugar, tenham acesso", afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem de vídeo na Cúpula Global de Vacinas.

A cúpula teve o objetivo de encontrar soluções coletivas para vacinas relacionadas à COVID-19 e fortalecer imunizações de rotina e o financiamento para o combate a outras doenças evitáveis.

A COVID-19, a maior crise de saúde pública desta geração, levou a busca por vacinas para o topo da agenda global.

Citando as vacinas como a mais importante intervenção de saúde pública da história, Guterres lembrou que as imunizações salvam dezenas de milhões de vidas a cada ano, erradicando a varíola e prevenindo surtos de doenças como sarampo, rubéola e tétano.

Ele sustentou que uma vacina contra a COVID-19 deve ser vista como "um bem público global – uma vacina das pessoas".

O chefe da ONU elogiou o "trabalho incrível" da GAVI, a aliança de vacinas, e seus parceiros ao permitir que pessoas de todas as idades e níveis de renda em todo o mundo acessem vacinas.

"As Nações Unidas se orgulham de fazer parte desse esforço em prol da cobertura universal de saúde", afirmou, reiterando seu compromisso de fazer parte da próxima fase, "porque ainda há muito trabalho a ser feito".

No contexto de 20 milhões de crianças sem receber todas as vacinas e uma em cada cinco não tendo acesso a nenhuma, Guterres apontou que, à sombra da COVID-19, "sua situação é ainda mais desesperadora".

Ele pintou um retrato de campanhas de imunização interrompidas e ampliação das lacunas na entrega global de vacinas.

Três compromissos são necessários

O secretário-geral da ONU apelou a três compromissos principais, começando por encontrar maneiras seguras de continuar vacinações, "mesmo quando a COVID-19 se espalha".

Em segundo lugar, ele pediu que as redes de entrega de vacinas sejam usadas para fornecer uma série de outros serviços de saúde primários.

E, finalmente, quando a vacina contra a COVID-19 se tornar disponível, que chegue a todos.

"A doença não conhece fronteiras", concluiu o chefe da ONU, "é por isso que uma GAVI totalmente financiada será essencial para garantir que continuemos a avançar em direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)".

Conversa de líderes mundiais

Presididos pelo Reino Unido, líderes de todo o mundo compartilharam durante a cúpula informações mais recentes, abordando a necessidade e o progresso em direção a uma vacina equitativa.

"As vacinas funcionam e 86% das crianças do mundo recebem imunização de rotina", disse o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.

"Em meio a uma pandemia global, nunca foi tão importante aumentar a capacidade de responder a surtos de doenças e trabalhar com organizações para entregar vacinas".

O rei da Jordânia, Abdullah bin Al Hussein, disse que o acesso equitativo não é apenas "a abordagem moral e justa, mas também do interesse de toda a comunidade internacional".

"É nossa responsabilidade como comunidade internacional garantir que os mais vulneráveis ​​não sejam deixados para trás."

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, afirmou ser essencial não permitir que a pandemia afete o combate de outras doenças infecciosas ou "prejudique esforços coletivos para retomar as campanhas de imunização contra doenças preveníveis por vacina".

A presidente da Etiópia, Sahle-Work Zewde, ressaltou a importância das inoculações, dizendo que seu país havia aumentado a imunização de rotina de 30% em 2000 para 72% hoje, explicando que "desde 2018, 1,1 milhão de meninas foram poupadas do flagelo do câncer do colo do útero devido à introdução da vacina contra o HPV".

A chanceler alemã, Angela Merkel, enfatizou o apoio contínuo de seu país, dizendo: "queremos aumentar a chance de mais de 300 milhões de jovens terem uma vida saudável". "Estamos falando de 300 milhões de vidas – não é apenas um número."

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, twittou: "Juntos, reabastecemos esta Aliança e aqui está o número que você estava esperando: garantimos fantásticos 8,8 bilhões de dólares para o trabalho vital da GAVI nos próximos cinco anos".

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