Operação que prendeu comandantes da PM cumpriu 13 mandados de busca e apreensão
Batalhão da PM, em Dourados, para onde o tenente-coronel Carlos Silva foi encaminhado - Crédito: Hedio Fazan/Dourados News
Operação Avalanche desencadeada na manhã desta sexta-feira (15/5) em Dourados e cinco cidades do Estado, cumpriu, além dos sete mandados de prisão preventiva contra integrantes do alto escalão da Polícia Militar, outras 13 determinações judiciais de busca e apreensão.
Desdobramento da Oiketicus, deflagrada em 2018, a ação investiga organização composta por policiais militares que atuam na facilitação do contrabando de cigarros em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o Ministério Público Estadual, na operação são apurados vários crimes, entre eles o de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram cumpridos em Dourados, Campo Grande, Sidrolândia, Coxim, Naviraí e Aquidauana.
Na maior cidade do interior sul-mato-grossense, policiais do Gaeco (Grupo de Combate às Organizações Criminosas) se deslocaram até a casa do comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Carlos Silva, no bairro Santa Fé.
Silva foi preso preventivamente e encaminhado à sede da PM em Dourados.
Na residência onde mora, integrantes do Gaeco e da Promotoria apreenderam documentos que serão analisados.
Além dele, o ex-comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), coronel Kleber Haddad Lane, o tenente-coronel Wesley Freitas Araújo, de Naviraí, o major Luiz César de Souza Herculano, de Coxim, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, tenente-coronel da PM em Sidrolândia, Erivaldo José Duarte Alves e o tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima, são os outros alvos da operação.
A Operação Oiketicus foi deflagrada pela primeira vez no dia 16 de maio de 2018 e apura suspeita de pagamento de propinas a policiais que facilitavam o tráfego de veículos com cigarros contrabandeados pelas rodovias de Mato Grosso do Sul.
Os valores desembolsados pelos criminosos aos servidores corruptos variavam de acordo com o cargo ocupado por eles.
O nome da operação faz alusão às lagartas desta espécie que constroem uma estrutura com seda e fragmentos vegetais, com o formato semelhante a um “cigarro” alongado, e serve para a sua proteção.