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Por: Valéria Araújo/ O Progresso

Dourados tem 40 casais na fila e 11 crianças prontas para a adoção


A cidade de Dourados tem 40 cadastros habilitados de casais ou pessoas sozinhas interessadas em adotar e 50 crianças e adolescentes vivendo em casas de acolhimento. Apesar do número expressivo de acolhidos, apenas 11 estão aptos a adoção, após passarem por todos os processos de desmembramento familiar. Desse total três são adolescentes e 8 são crianças de 1 a 8 anos de idade.

A assistente social e coordenadora do "Projeto Adotar", da Vara da Infância, Valdirene Campos Schmitz Pereira, diz que o principal desafio continua sendo encontrar famílias dispostas a fazer a adoção tardia, além de grupos de irmãos e crianças com algum tipo de deficiência.

O Projeto Adotar, existe em Dourados desde 2005 e tem parceria com a maternidade. A mãe, no ato de dar a luz, pode expressar o desejo de entregar a criança para a adoção. A partir daí o juizado é informado, ambos serão assistidos e a adoção ocorrerá de forma legal.

O projeto também faz o curso de preparação e contato com os pretendentes, mantém o cadastro atualizado, faz a busca de famílias para crianças que estão disponíveis, acompanhamento das gestantes que pretendem entregar a criança para a adoção, além de acolher e orientar a entrega voluntária.

Grupo de apoio

O Grupo de Apoio à Adoção de Dourados (Gaad) auxilia casais interessados em adotar crianças e adolescentes. Em Dourados é coordenado por Lourdes Missio. Os grupos são espaços para que o


movimento de apoio ajude a concretizar o direito das crianças e adolescentes à convivência familiar e a difusão da nova cultura de adoção. Por conta do Covid-19 e as recomendações de isolamento os encontros são a distância.

Um dos objetivos principais é lutar para que cada criança e adolescente brasileiro tenham uma família que a ame e a respeite. Para isso, os Gaads espalhadas pelo país fazem um trabalho desmistificando os diversos preconceitos ainda existentes sobre a adoção e, cada vez mais, estão conseguindo concretizar as adoções necessárias no Brasil.

Em Dourados, um dos principais trabalhos é orientar essas pessoas sobre a importância de adoção das crianças, já que o preconceito ainda é muito grande e o desafio é encontrar famílias para aquelas crianças maiores, especiais e negras.

Como a maioria das que estão disponíveis à adoção em todo o país tem idade superior a cinco anos, o Gaad faz um trabalho de desmistificação. "Sabemos que o interessado tem preferência por crianças de colo, no entanto essa possibilidade é pequena. Por isso fazemos um trabalho para que a pessoa consiga ter um olhar diferenciado, ou seja, mais solidário com as crianças maiores", destaca.

Os Grupos de Apoio à Adoção são formados, na maioria das vezes, por pais adotivos que trabalham voluntariamente para prevenir o abandono, preparar adotantes e acompanhar pais adotivos, encaminhar crianças para a adoção e para a conscientização da sociedade sobre o assunto. O trabalho do Gaad em Dourados é acompanhado pelo Juizado da Vara da Infância e Juventude.

Entrega para a adoção não é crime

A entrega voluntária de bebês para adoção é direito da mãe e está prevista expressamente em diversos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente, notadamente no artigo 19-A: "A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude".

Toda e qualquer entrega de bebê para adoção deve obrigatoriamente ocorrer junto à Vara da Infância e Juventude, ou seja, deve a grávida ou a mãe procurar o Poder Judiciário para ser orientada e efetuar a entrega. É garantido o direito ao sigilo da mulher que queira fazer a entrega legal.

Serviço

O telefone para contato com o Gaad é através do email gaadacolher@gmail.com ou a página do facebook: @gaadgaadgaad. O telefone para contato com o Projeto adotar é: 99106 2261


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