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Foto do escritorOdir Pedroso

Hipertensão é diagnosticada em 24,7% da população, segundo a pesquisa Vigitel

Agência Saúde


Em 2018, 24,7% da população que vive nas capitais brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. Os novos dados Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018) mostram também que a parcela da sociedade mais afetada é formada por idosos: 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65 anos disseram ser hipertensos, assim como 49,5% na faixa etária de 55 a 64 anos.

Essa última edição da pesquisa foi realizada por telefone com 52.395 pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro do ano passado.

No Dia Mundial da Hipertensão, que foi celebrado na sexta-feira (17), o Ministério da Saúde novamente reforça o alerta: a prevenção contra essa doença, popularmente conhecida como "pressão alta", está diretamente relacionada a hábitos de vida saudável ou seja, grande parte dessas mortes é evitável.

A redução do consumo de sódio (principal componente do sal) é um fator preponderante para ficar livre dessa doença, já que seu consumo excessivo aumenta o risco de risco de hipertensão e outras doenças do coração.

A pesquisa Vigitel 2018 destaca ainda que as pessoas com menor escolaridade são as mais afetadas. Do público com menos de oito anos de estudo, 42,5% disse sofrer coma doença; dos com 9 a 11 de estudo, 19,4%; e 12 ou mais, 14,2%

No Brasil, 388 pessoas morrem por dia por hipertensão

As capitais com maior prevalência são Rio de Janeiro (31,2%), Maceió (27,1%); João Pessoa (26,6%); Belo Horizonte (26,5%), Recife (26,5%), Campo Grande (26,0%) e Vitória (25,2%).

E as com menores índices: São Luís (15,9%); Porto Velho (18,0%); Palmas e Boa Vista (18,6%).

Dados preliminares do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, também mostram que, em 2017, o Brasil registrou 141.878 mortes devido a hipertensão ou a causas atribuíveis a ela.

Esse número revela uma realidade preocupante: todos os dias 388,7 pessoas se tornam vítimas fatais da doença, o que significa 16,2 óbitos a cada hora.

Grande parte dessas mortes é evitável e 37% dessas mortes são precoces, ou seja, em pessoas com menos de 70 anos de idade.

A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.

Acontece quando os valores máximo e mínimo são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9), fazendo com que o coração exerça um esforço maior do que o normal para fazer a distribuição do sangue no corpo.

A doença é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. A prevenção está ligada a uma dieta equilibrada e a realização de atividades físicas.

Sal de cozinha e a hipertensão

Um dos principais vilões da doença é sódio, principal componente do sal de cozinha. Presente em alimentos industrializados e adicionado voluntariamente em pratos comuns no dia a dia, ele potencializa as chances de um indivíduo sofrer com pressão alta.

Por isso, a recomendação é reduzir o consumo excessivo de sal, já que os brasileiros ingerem atualmente 12 gramas de sódio por dia, mais que o dobro do máximo sugerido (5g) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde de 2011, o Ministério da Saúde possui um acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) para reduzir a quantidade de sódio nos alimentos industrializados.

Por meio dessa ação, até 2017, 17 mil toneladas de sódio foram retiradas de 30 tipos de produtos alimentícios.

A maior redução foi observada nos temperos, com queda de 16,35% seguida pela margarina com 7,12%.

Outras categoriais também registram queda: cereais matinais (5,2%), caldos e cubos em pó (4,9%), temperos em pasta (1,77%), tempero para arroz (6,03%). Caldos líquidos e em gel é a única categoria que teve aumento na concentração de sódio (8,84%).

Atualmente, há um outro acordo vigente com a ABIA que tem por meta, até 2020, retirar, voluntariamente, 28,5 mil toneladas de sódio dos alimentos industrializados.

A primeira fase tem como foco pães, bisnaguinhas e massas instantâneas.

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