Com academias fechadas, donos reclamam de prejuízos e querem diálogo com a prefeitura
om as academias fechadas em Dourados, donos de estabelecimentos do setor estão preocupados com a demissão de funcionários, fechamentos de empresas e com a saúde da população, já que atividade física é essencial.
No dia 3 de abril, grupo de empresários encaminhou carta à prefeita Délia Razuk com o objetivo de conseguir flexibilização para o funcionamento das academias, no entanto, até agora não tiveram nenhum retorno e seguem sem diálogo com a administração municipal.
No documento ao qual o Dourados Agora teve acesso, os empresários e profissionais de educação física destacam que a atividade física traz benefícios significativos para a saúde e contribui para a prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis, bem como contribui para o aumento da imunidade corporal, fator de maior relevância para o indivíduo no caso de prevenção ao contágio do coronavírus.
Ainda declaram ser inegável que os estabelecimentos que proporcionam a população a possibilidade de realização de atividades físicas com acompanhamento profissional, seguindo todas as exigências e recomendação da OMS, continuem fechados.
Eles querem que a administração municipal reconheça a atividade empresarial do ramo de academia como essencial, diante da importância e relevância que o ramo de atividade tem para a sociedade, pela ligação direta com a área de saúde.
Na carta, os empresários também indicam medidas de biossegurança que contribuem e evitam o vírus nos estabelecimentos. Em Campo Grande, por exemplo, a prefeitura já se reuniu com os profissionais da educação física e colheu as medidas sanitárias apresentadas pelos empresários. Agora, aguardam decreto para reabir os estabelecimentos.
Éverton, da academia Unicca, integra o grupo de empresários que busca reabertura das academias
Dificuldade
Com estabelecimentos fechados, muitos professores e estagiários da educação física perderam emprego. Em Dourados, estima-se que exista aproximadamente 80 academias.
Everton Ribeiro é proprietário da Unicca Academia, próximo ao centro. Dos sete funcionários, teve que dispensar quatro. "É muito triste isso, mas infelizmente as academias estão vazias e sem data de reabertura", lamenta. Todos os dias Everton recebe mensagens de alunos, questionando data de reabertura.
Muitos professores de academias são autônomos, ou seja, atuam como personal. Eles sofreram diretamente o impacto com o fechamento dos estabelecimentos.
De acordo com Everton, fechar espaços destinados a atividades físicas, como parques e academias, é seguir na contramão. "É isso que o vírus precisa, de pessoas menos saudáveis. A atividade física não somente deixa a pessoa com sistema imunológico forte, mas também ajuda a passar melhor pelos efeitos causados pelo covid-19", assegurou.
Biossegurança
Na carta, os empresários citaram que todos os estabelecimentos comerciais de Academias/Studio/Box de Dourados firmam o compromisso em caso de reabertura das atividades. São elas:
• Evitar aglomeração, realizando atendimento reduzido e rotatividade dos alunos, com atendimentos previamente agendados ou com estipulação de número máximo para ingressar no local, avaliando o tamanho do local;
• Estabelecer distanciamento de pelo menos 02 metros entre cada aluno;
• Manter os funcionários utilizando os EPIs necessários, como máscaras e luvas, durante os atendimentos;
• Realizar a correta higienização de todos os aparelhos no início das atividades e entre o atendimento dos alunos;
• Oferecer álcool em gel 70% para todos os alunos e funcionários;
• Manter o ambiente arejado e com vasta circulação de ar;
• Trabalhar em prol da conscientização municipal para que mantenham todos os cuidados com a saúde e principalmente, com aqueles pertencentes ao grupo de risco;
• Organizar horários especiais com a finalidade de atendimento exclusivo das pessoas ligadas ao grupo de risco, para que não tenham contato com os demais.